Controle biológico da vespa da madeira é apresentado aos reflorestadores

A vespa da madeira (Sirex noctilio) é uma espécie invasora originária da Europa e da Ásia, capaz de provocar grandes perdas ao setor madeireiro. Ela perfura a casca e deposita ovos, que eclodem em larvas que perfuram o interior do tronco, prejudicando o aproveitamento da madeira.

Embora não seja considerada mais uma praga quarentenária, a Cidasc mantém as atividades de monitoramento e controle. Este trabalho foi divulgado pela equipe do Departamento Regional de Lages durante o Fórum Brasileiro do Pinus, realizado nos dias 29 e 30 de abril, em Otacílio Costa. Os profissionais da companhia mostraram aos produtores o trabalho de defesa sanitária vegetal e falaram sobre o controle biológico da vespa da madeira. A Cidasc, com recursos da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, oferece doses do produto Nematec para que os silvicultores possam fazer o controle em suas florestas de pinus.

Desenvolvido a partir de pesquisa da Embrapa, o Nematec é uma solução com nematóides que é aplicada nos troncos de árvores afetadas e esteriliza as fêmeas da vespa da madeira. A eficiência é de 70%.

“Com o trabalho da defesa agropecuária e o uso do nematóide, a vespa da madeira está sob controle. Entretanto, por ser um produto biológico, se não for aplicado todos os anos e não houver monitoramento anual, a praga pode ressurgir”, alerta o gestor do Departamento Regional de Lages, Diego Medeiros Gindri.

A vespa da madeira não é considerada perigosa para espécies nativas, mas seu combate é importante para o setor madeireiro, uma atividade econômica que movimenta muitas cidades catarinenses. SC tem mais de 800 mil hectares de florestas plantadas e 67% deles são destinados ao plantio de pinus. Lages, Santa Cecília e Otacílio Costa são os três municípios com as maiores áreas de florestamento de pinus e eucaliptos no estado.

Fotos: Assessoria de Comunicação – Cidasc