A lei foi aprovada no final do ano passado pelos deputados na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Alesc. Neste momento encontra-se junto ao governo do estado, aguardando a sanção ou veto por parte do governador Carlos Moisés da Silva. A spathodea campanulata também é conhecida por bisnagueira, tulipeira-do-Gabão, xixi-de-macaco ou chama-da-floresta. Esta espécie exótica oriunda da África do Sul, está causando prejuízos ao ecossistema catarinense.
A árvore ornamental deixa as cidades mais arborizadas e coloridas tornando-se bela para observação já que produz flores na cor vermelho alaranjadas. Mas esta beleza aos olhos dos humanos, está causando enormes prejuízos ao meio ambiente, intoxicando e matando abelhas. Pássaros, especialmente o beija-flor, também são infectados pelo seu pólen e néctar que são tóxicos, além de possuir uma substância pegajosa, que aprisiona os insetos no interior da flor. Uma lei estadual já existe desde 2019, que proíbe a produção e o plantio. Agora com esta nova lei, sendo sancionada pelo Governador, vai autorizar o corte das árvores. Segundo os técnicos, esta árvore tem dificuldades de desenvolvimento em regiões frias, por isso é encontrada com mais facilidade nas regiões quentes do Estado.
O técnico da Epagri, Ivanir Cela, que também é presidente da Federação das Associações de Apicultores de Santa Catarina e vice-presidente da Confederação Brasileira de Apicultura, está fazendo o alerta sobre o aumento escalonado de abelhas no estado. “Temos que reforçar o nosso ecossistema, porque antigamente não existia esta planta e foi introduzida pelo homem há décadas, que não sabia de suas consequências. Chegou este momento. Agora temos de combater e salvar nossas abelhas e pássaros” comentou. A lei de 2029 é de autoria da deputada Paula de Lima e a de 2021, do deputado Vicente Caropreso.
Foto: Professor João de Deus Medeiros/Arquivo Pessoal