Nesta quarta-feira (02), serão ativados três novos setores criados pela Polícia Civil de Santa Catarina para fortalecer as investigações de crimes contra o agronegócio. Passarão a funcionar o Centro de Apoio Operacional de Combate aos Crimes Contra o Agronegócio (CAOAGRO); a Delegacia de Polícia Virtual de Repressão aos Crimes Contra o Agronegócio (DELEAGRO) e o Núcleo de Inteligência do Agronegócio (NINTAGRO).
Desaparecimento de mais de 36 cabeças na Serra
O caso está sendo tratado pela polícia civil de Bocaina do Sul, desde o início, dia 10 de novembro do ano passado, como desaparecimento de 36 cabeças de gado, sendo 16 novilhas e 20 vacas. O fato aconteceu na fazenda Piurrinhas, na localidade de Areião, distante quatro quilômetros do Centro. Passados três meses, mesmo ouvindo dezenas de pessoas, a Policia Civil, não concluiu o inquérito e não tem informações do paradeiro do gado. As investigações estão sendo coordenadas por Alexsander Bernardes de Souza, responsável pelo expediente da DPMu do município. O delegado responsável é o Dr. Márcio Schutz, da 2ª DP de Lages. A vítima, o fazendeiro Ademilson Amarante, não quis se pronunciar a respeito, apenas se limitou a dizer que até agora não surgiram pistas do desaparecimento. O prejuízo na época foi calculado em torno de R$180 mil.
Investigação:
Até agora mais de cinco pessoas já foram ouvidas e questionadas a respeito do desaparecimento. Nenhuma delas informou de alguma movimentação diferente na região que chamasse a atenção ou algum carregamento na época. Segundo o responsável pelos depoimentos, nenhuma delas precisou informações que pudessem apontar para alguma linha de investigação.
Um fato ocorrido dias após ao registro do boletim de ocorrência, foi o aparecimento de duas cabeças na fazenda, situação que aponta para outras hipóteses, como o gado pode ter fugido, furtado ou alguém se apropriou. Porem de concreto até o momento nenhuma informação.
Segundo o fazendeiro todo o gado está brincado pela Cidasc e tatuado na cara com a letra A. Ademilson, comentou na oportunidade que o desaparecimento foi observado aos poucos. Em um dia notou a falta de algumas cabeças, quando iniciou o levantamento e constatou que os animais não estavam mais em sua propriedade.
Demanda
O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Marcos Flávio Ghizoni Júnior, ressalta que Santa Catarina já demandava há alguns anos esta especialização por parte da Polícia Civil no que tange aos crimes contra o agronegócio. “São crimes complexos de serem solucionados. Sem falar que há um envolvimento de valor econômico muito grande nesse tipo de crime, que atinge o pequeno, o médio e o grande produtor rural”, ressalta o delegado-geral.
Gado na fazenda em outubro do ano passado